Fabricante: Palm Computing Inc.
Ano de fabricação ou época: de 1992 a 2011
Função: PDA (Assistente Pessoal Digital)
O nome Palm pode ser pouco familiar atualmente, quando smartphones com Android e iPhones (iOS) dominam o mercado. Mas esse cenário era muito diferente em um passado não tão distante, no qual a empresa ocupava um lugar importante na indústria de dispositivos móveis.
Fundada em 1992, a companhia americana foi dona de linhas de sucesso, como os Pilot e Zire no mercado de PDAs (Assistentes Pessoais Digitais), onde até a gigante Apple fracassou com o Newton. Contudo, com a popularização do iPhone e dos celulares inteligentes com o sistema do Google, a empresa viu seu sucesso minguar até o desaparecimento em 2011.
A “Palm Computing Inc.”, nome oficial da empresa, foi fundada em 1992 por Jeff Hawking. No entanto, sua grande guinada começou em 1996 com o lançamento do Palm Pilot, o primeiro PDA a despertar um forte interesse do público. Os assistentes pessoais digitais eram “computadores de bolso” usados para administrar informações pessoais, como calendário, emails, notas e listas – como uma agenda eletrônica turbinada. Embora tenham feito muito sucesso no mundo corporativo, havia também modelos voltados para o consumidor comum.
A linha Pilot impressionou o público pelo preço baixo e pela tecnologia HotSync, que oferecia uma fácil sincronização com computadores via cabo serial. Além dela, a Palm também foi responsável pela introdução de muitas tecnologias avançadas à época. A função Graffiti, por exemplo, reconhecia letras, números e gestos feitos pelo usuário em uma área específica do display, sendo também utilizada pela Apple no computador portátil Newton. A empresa também lançou um dos primeiros PDAs com acesso sem fio à Internet, o Palm VII, e sistemas para smartphones, batizados de PalmOS e WebOS.
Apesar do sucesso logo nos primeiros anos, a história da Palm também foi marcada por desentendimentos e constantes trocas no comando. Em 1995, antes mesmo do Pilot, a empresa foi comprada pela U.S. Robotics Corp. Dois anos depois, passou para as mãos da 3Com, que a manteve como uma subsidiária independente. Mesmo assim, os fundadores da empresa saíram para fundar a Handspring, que viria a criar a linha de smartphones Treo com o PalmOS.
Em 2002, a empresa se dividiu em duas: a PalmSource, responsável pelo desenvolvimento e licenciamento do PalmOS, e a PalmOne, que cuidava do hardware e se fundiu posteriormente com a Handspring. Em maio de 2005, a Palm voltou a se unir em uma única companhia que viria a fabricar os smartphones Palm Treo e Palm Pre.
Mesmo com ascensão e queda tão meteórica, os PDAs e smartphones da Palm deixaram sua marca quando celulares serviam apenas para ligações e profissionais ainda carregavam agendas de papel ou pesados notebooks para se organizar. Além disso, alguns projetos, como o sistema WebOS, são usados até hoje em smart TVs da LG.
Três anos mais tarde, já após o lançamento do iPhone, a Palm anunciou o fim da fabricação de PDAs e passou a focar em celulares com o sistema WebOS anunciados na feira de eletrônicos de Las Vegas CES 2009. Apesar das críticas positivas, erros estratégicos, como a exclusividade do Palm Pre para a operadora norte-americana Sprint, selaram o destino da empresa rumo ao fracasso.
Em 2010, a companhia foi comprada pela HP devido ao interesse pelo WebOS, que não durou muito e resultou no seu fim definitivo em meados de 2011. Contudo, no início de 2015, a marca Palm foi licenciada para a chinesa TCL, que também detém direitos dos nomes Alcatel e BlackBerry. Apesar das especulações sobre o possível retorno, nenhum aparelho foi anunciado até agora.
Fonte: https://www.techtudo.com.br/noticias/2017/07/a-trajetoria-da-palm-do-comeco-ao-fim-a-historia-da-criadora-do-palmtop.ghtml